terça-feira, 22 de outubro de 2024

Um mundo solitário...

 Fala pessoal como estão ? Espero que bem.


Hoje estava refletindo como o mundo esta cada vez mais conectado e ao mesmo tempo cada vez mais solitário.

Não sei se é apenas comigo ou minha família, mas sinto que as pessoas estão cada vez mais distantes. Antigamente as pessoas se reunião para assistir TV, sentavam na mesa juntos para jantar e passar o tempo. Ia na casa de meus avós e hora ou outra sempre aparecia uma tia com os filhos também para visitar os avós.

Hoje, já não tenho mais meus avós vivos. Logo, raramente vejo os parentes como tios, tias, primos e primas. Amigos de longa data seguiram seu caminho e se distanciaram cada vez mais. Eu mesmo, a partir do momento que tive que mudar de cidade passei a ter cada vez menos contato com as pessoas que antes eram próximas.

Até mesmo amigos, vejo eventualmente no mês e tem meses que não vejo. O que percebo é uma correria, sempre correndo atrás dos objetivos e com dificuldades para arranjar um tempo na agenda. E o pior é que fim de semana fico esgotado e o que eu mais quero é descanso.

Por outro lado, tenho uma presença na vida do meu filho toda semana e reservo meu dia mais nobre para ele: o sábado. Isso é algo que não abro mão, mas ainda assim acredito que é pouco tempo. De todo modo, o tempo que passo com ele é de qualidade, 100% focado nele e sem contato com celular ou outras distrações.

Talvez essa seja somente a minha realidade e de fato nunca fui muito sociável. Mas pelo menos na minha realidade vejo que a distância é algo bem comum entre as pessoas. Não sei se é por conta do ritmo de vida acelerado que ficou o mundo, se é o excesso de informações que ocupa o tempo das pessoas e em conjunto disso a técnologia voltada para a atenção.

O fato é que pessoas desconhecidas passaram a ter papel mais relevantes em nossas vidas que pessoas próximas. Aquele influêncer que solta video da vida dele, que ensina a fazer isso ou aquilo, podcasts que entrevistam pessoas dos mais diferentes níveis. Essas pessoas parecem se fazer mais presentes em nossa vida do que as pessoas que antes faziam parte de um núcleo familiar.

A propósito, família é o inimigo número um do Estado. Seu filho não é seu, sua esposa não é sua, seu marido não é seu, quem manda é um governo. Aliado a isso, o que mais tem é incentivo ao individualismo e a fazer o que for necessário para ser "feliz". Mas não quero entrar nessa seara aqui, porque política é chato demais.

Vocês estão vendo o mundo desta mesma ótica ou é apenas coisa da minha cabeça?


Grande abraço a todos.

Rumo a IF!

Um comentário:

  1. Como estou agindo diante de amigos que "não tem tempo"? Simplesmente deixando de ligar e de ir visitá-los. Não quero ligar ou ir até a casa de um para acabar em uma discussão do porque a pessoa literalmente não está ligando para mim. São adultos, tem suas (ir)responsabilidades, portanto da minha parte não poderão dizer que ultimamente eu andei lhes dando péssimos conselhos e também não vão poder reclamar de que não estou por perto para ajudar em uma parada mais difícil do que a de ônibus. Vão ter que pedir ajuda aos novos amigos.

    Fazer uma nova amizade pode acontecer quando menos se espera. Quando acontecer, aconteceu, não se pode determinar uma data, hora e local pra isso, mas tem coisas que aumentam a chance disso acontecer.

    O smartphone é uma desgraça. É o jeitinho fácil que iludiu milhões de brasileiros. 200 milhões sem ação, pra frente brasil...dessa prisão.

    Ir a um restaurante e ver pessoas sentadas mexendo em smartphones com a comida na mesa. Isso não é um almoço comemorativo ou pra quebrar a rotina de comer em casa, é um desespetáculo circense, com direito a falação alta, birra de criança, palavrão e foto recordação dessa encenação de um triato(não digitei errado) familiar. Se não conseguem sentar a mesa para almoçar e falar numa boa, o que será que fazem dentro de suas casas? Se for para escutar berreiro, ver bagunça e sentir mau-cheiro, o hospital público tem vaga de emprego.

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